Mulheres no mundo corporativo com Ciane Pereira
As mulheres são mais da metade da população brasileira. Segundo pesquisa realizada pelo IBGE (2019), 33,9% das mulheres têm ensino superior enquanto homens somam 28%, mas apenas 54,5% das mulheres integram o mercado de trabalho. Elas recebem em média 22,3% de salário a menos do que os homens que ocupam o mesmo cargo. Apenas 37,8% têm cargos gerenciais e 3,5% dos CEOs de empresas são mulheres.
Se somos maioria da população e temos maior escolaridade, por que ainda há mais homens em cargos executivos e ganhando mais?
Isso acontece porque temos modelos de gestão e crenças ultrapassados dentro das organizações. E, também, há falta de espaço para a diversidade e a inclusão de mais mulheres no mercado de trabalho. Mesmo que o número de mulheres em cargos de gestão tenha crescido, ainda é lento e reduziu ainda mais com a pandemia.
O Departamento de Recursos Humanos (RH) junto com a liderança tem papel importante nessa transformação já que é uma área estratégica na organização.
Conhecer a cultura da organização, o modelo de negócios, áreas e processos possibilitam ao gestor do RH promover o diálogo junto aos seus pares para criação de políticas e ações efetivas para a inclusão das mulheres em cargos de liderança. A inclusão da mulher deve vir acompanhada da devida preparação para que seja efetiva e contribua para ela e para o negócio.
Então é necessário traçar estratégias alinhadas aos benefícios que a inclusão traz para a mulher e para o negócio:
– Como identificar jovens talentos, prepará-las e colocá-las em contato com oportunidades para que possam se destacar e crescer profissionalmente.
– Garantir a participação das mulheres de forma justa em processos de recrutamento e seleção para cargos de liderança.
– Apoio no retorno da licença maternidade.
– Jornada flexível de trabalho.
Estratégias como essas podem fazer a diferença na vida profissional das mulheres.
É sabido que com a diversidade de gênero todos saem ganhando porque as estratégias são melhores definidas quando elaboradas com diferentes perspectivas e focadas em alcançar o mesmo objetivo no negócio.
As discussões precisam ser levantadas e, o mais importante, que ações concretas de inclusão aconteçam.